Não sou os olhos que vêem a Vida
E sim, a Vida que vê através desses olhos
Uma de Suas facetas
Olhos que poderiam ser os ‘seus’
Mas que erroneamente chamamos de ‘meus’
No desespero de possuir e delimitar
Enquanto Ela, a Vida,
Transita entre corpos.
Não sou os ouvidos que ouvem os sons
Mas sim, os sons que penetram os ouvidos
Sou música e ruídos,
Sou fluxo de silêncio e sons.
Não sou o sabor da língua
Sou o mel, a pimenta e o sal
E o amargo do fel…
E na boca me espalho no céu.
Não sou a pele que sente
Mas sim, o vento que acaricia,
O calor, a umidade,
O frio e o fogo que arde.
Não sou esse coração
Que sofre, ama e sustenta esse corpo
Sou apenas o pulso
Da Vida a pulsar
Sou todos esses sentidos
Mas não somente os sentidos
Sou o Sentir
Sou Nada na respiração
Que mantém esse corpo
Sou Tudo na mente vazia
Dessa Meditação.
Sophia Christou
http://conscienciaempoesia.wordpress.com/2010/04/
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