sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ares de Setembro

Eis setembro, finalmente!
A delicadeza flutua no ar.
Um sorriso desconhecido.
Um adeus de alhures.
O sol suave da tarde bate
Cálido em meus cabelos...

Flores, abelhas, beija-flores,
Na primavera o ciclo se renova.
Pássaros cantam,
Formigas em frenético vai e vem
Parecem gritar: Vida! Vida!
Chega, magnânimo, setembro!

Alfazema, rosas, araras azuis,
Enfeitam o campo e a cidade.
Nem o ar seco da tarde,
O calor das ruas,
O escasso dinheiro,
A angústia que maltrata,
A ansiedade,
Ou a tua ausência,
Nada!... Nada!...
Nada mudará a beleza dos dias!

Todos os problemas ficam menores...
E setembro pintando um novo pano de fundo,
Com novos atores e profusão de cores.

E a vida chega,
Com a alegria da água correndo no regato
E a combinação mágica do tempo que não voltará a existir.

Ares de setembro que me toma, embriaga,
Com assombro e magia me mostra que sou única,
Singular, pois só eu tenho minhas respostas,
Onde quer que eu esteja, estou apenas no início
Pois nasço agora.

A vida que se renova com a primavera
E me mostra que serei eu, para sempre,
Chorando, sentindo, amando, odiando,
Imperfeita, solitária, um ser humano
Que chegou em setembro!

Delasnieve Daspet

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