quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Disse uma folha de papel branco

"Pura fui criada e pura permanecerei para sempre. Antes ser queimada e convertida em brancas cinzas, do que suportar que a negrura me toque ou o sujo chegue junto de mim".

O tinteiro ouviu o que a folha de papel dizia, e riu-se em seu escuro coração.

Mas não ousou aproximar-se dela. E os lápis multicoloridos ouviram-na também, e nunca se aproximaram dela.

E a folha de papel, branca como a neve, permaneceu pura e casta.

Para sempre, pura, casta... e vazia...

Khalil Gibran

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