Quando ainda somos jovens,
a olhar pela janela,
ouvimos os passarinhos,
e a paisagem é uma aquarela.
Nossos sonhos coloridos,
vão tingindo as esperanças,
verde, amarelo, vermelho...
São tantas cores... são tantas!
Num dia mais arrojado,
no peito assaz revoltado,
o preto vem tomar conta.
E na funesta tintura,
fica pintada a amargura,
de pequena ou grande monta.
Com o tempo (Santo remédio!)
o negrume se dissipa.
Vai-se embora a dor, o tédio,
e o suave cinza se instala.
A velhice vem chegando...
Lentamente para alguns,
e para outros nem tanto.
Envoltos no intenso branco,
do tempo que tanto faz,
porque tudo o que se quer,
é nada mais que ter paz...
E o branco então se espalha,
cada vez mais, mais e mais!
Mas fica sempre a saudade,
daquela rica aquarela,
do tempo da mocidade!
da Ciranda dos Poetas
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