sábado, 30 de abril de 2011

Entre, amigo(a) virtual...

Vou abrir as portas
Do meu computador!
Entre!!!
Traga pra mim
Esse gostoso riso
Que nunca ecoa!

Conte pra mim
Suas velhas histórias
Deixa que eu me deite
Em seus ombros invisíveis
E segure em suas mãos firmes!...

Não sei olhar em seus olhos
Mas sei sentir seu olhar
E suas palavras
Entram direitinho
No meu coração.

O mundo parece tão pequeno
Atrás dessa rede!
Ah! Você vem
E eu nem sei de onde
Sem passaporte
Atravessa as fronteiras
Do limite do impossível
Traz muita paz
Uma palavra, um verso
E coloridas flores
Sem perfume,
Mas que são bálsamo
Para a alma!...

Vou abrir minha casa
Para que você entre!...
Tome um café com bolo
Me conte de você
Permita que eu ria seus risos
E deixe que eu seque suas lágrimas
Se preciso for.

Você não é apenas um nome
Que se esconde atrás de um arroba
Você tem alma
E asas
Como os verdadeiros anjos...

Você tem um "eu"
Que precisa e deve
Ser respeitado,
Que precisa e deve
Ser amado.

De virtual, na verdade
Você não tem nada!!!
Claro!!!
Meu café não tem sabor
E meu bolo não é doce
Quando virtual
Mas meu carinho
E meu amor
São, nessa rede toda,
Tudo o que tenho de mais real.

Então...
Entre sem bater!!!
Sente-se!
Tem café, bolo
E minha amizade
Esperando por você
Atrás da tela
Desse meu computador.

(Letícia Thompson)

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