sábado, 9 de abril de 2011

Despir uma mulher...

Corpo de mulher...

É um ninho de emoções que não verás através da sua pele…

Uma geografia que admiras, sem chegares à sua essência...

Despir uma mulher, não chega para descobrir o seu mundo secreto...

É muito provável que os seus olhos te contem muito mais…

Ela sabe que para chegares à sua alma...

Deverás olhar com muito mais paciência...

Mesmo despida, estará vestida de mistério...

O fogo do seu interior, só o conhecerás olhando o seu coração…

Mesmo sem roupa, na tua frente, não te pertence…

Ao despires uma mulher, nunca conseguirás tirar-lhe a sua melhor prenda…

O pudor...

Não existe seda que supere a sua pele...

Nem tela que possa esconder o seu encanto...

Despir uma mulher ou tirar as pétalas a uma flor…

É chegar até à porta dos sentidos...

E ajoelhar diante do altar sagrado da sua fonte de vida.

Mas lembra-te… ela continua sem te pertencer

Não conhecerás o seu céu… mas talvez conheças algo do teu.

Com ela, pode o artista esquecer por complecto o que é uma linha reta...

E naufragar num mar ondulado de luzes e sombras.

Não estou te dando um presente para os teus olhos…

Trata-se de um presente para a tua alma...

Sem luxúria, sem humor negro, nem duplas mensagens...

Mel, orvalho, frutas, aromas e sabores.

É uma das melhores obras de arte de Deus, transferida para a pintura, para a fotografia e para a escultura.

A tua inspiração nasce dela…

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