domingo, 27 de maio de 2012


O AMOR QUE SE ACABOU

Quando foi que o amor se acabou 
e o príncipe virou sapo e a princesa desencantou?

Provavelmente depois de tantos beijos não dados, de tantos momentos 
deixados pro lado, de tanto monólogo de ambas as partes.
Em geral o amor assiste a própria morte e resta silencioso. 
Ou ele grita por socorro e as pessoas se fazem de surdas. 
O mais difícil no fim de um relacionamento é admitir que tudo acabou.
Há pessoas que insistem simplesmente porque não querem admitir o fim. 
E caminham, vagarosamente, pela vida, 
vivendo o dia-a-dia como se não houvesse o depois.
Mas a vida não acaba quando morre um amor. 
Ela simplesmente passa por uma transição que,
como todas, é frequentemente dolorida.
Tememos as mudanças porque tememos o desconhecido. 
Mas o que é o desconhecido?
Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo até que ele chegue a nós, 
não podemos sabê-lo até que chegue o momento em que, 
mergulhados, precisamos vivê-lo.
Aceitar a morte, qualquer que seja, 
é reconhecer nossa vulnerabilidade diante da vida. 
E somos seres orgulhosos por demais para querer reconhecer 
nossa fragilidade ante o que não podemos controlar. 
E a vida não se controla. 
Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que podemos fazer 
é vivê-la o mais intensamente possível com todos os riscos 
e perigos que ela nos impõe, com toas as surpresas, que ela nos reserva.
Precisamos é tirar o melhor partido do que está nas nossas mãos 
e reconhecer que pra todo fim há sempre um recomeço. 
Uma perda é quase sempre um ganho, é muitas vezes, 
a válvula propulsora para uma nova vida, 
uma nova história, um novo amanhã.

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