quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O impossível

Eu queria um homem
que gostasse de caminhar descalço
na terra nua
com os cabelos revoltos ao vento.

Eu queria um homem
que gostasse de criança
que em contato com ela
corresse como um menino grande e desengonçado.

Eu queria um homem
que sorrisse com todas as estações doa ano;
que gostasse de caminhar na chuva,
de ver o sol se pôr,
de andar à beira-mar,
que sempre olhasse o horizonte com olhar sonhador.

Eu queria um homem
que me amasse como um menino carente,
como um adulto experiente.

Eu queria um homem
que soubesse ajoelhar em oração diante de seu Deus.

Eu queria um homem
que me respeitasse,
me olhasse como menina
e me sentisse como mulher.

Eu queria um homem
que me conhecesse no meio da multidão,
que sentisse falta de mim
e me buscasse em todo e qualquer lugar.

Eu queria um homem
que todas as manhãs me trouxesse flores do campo
e quando a noite chegasse
se deitasse em minha cama
numa mistura de corpo e alma
e se entregasse todo para mim.

Eu queria um homem
que soubesse chorar
e sentisse a pureza de uma simples gota de orvalho.

Eu queria um homem
que me olhasse nos olhos
e me dissesse apenas:
eu amo você!

Cláudia Márcia Furriel Dias

Nenhum comentário:

Postar um comentário