Toda corrente de água desliza entre duas margens. Margens que detêm e ordenam. Que impedem de invadir os campos. Que lhe traçam um caminho.
Duas margens que permitem essa água formar um todo e realizar sua tarefa: regar as planícies através das quais desliza.
E as margens ficam distantes uma da outra. Elas, porém, podem unir-se. Aproximar-se.
Fundir-se quase, quando sobre as águas se estende uma ponte.
Olhando a ponte sente-se a tarefa imensa e ao mesmo tempo agradável, executada pela ponte. Como um abraço amigo aproxima duas separações.
Como um diálogo silencioso faz conversarem duas solidões.
Como a mão estendida fraterniza dois estranhos.
Se a ponte pudesse sentir, poderíamos, sem medo, qualificá-la de feliz.
Feliz por ser capaz de tornar o outro feliz.
E nunca se colhe maior felicidade do que quando se semeia felicidade.
A ponte tem, para cada um de nós, um profundo e significativo simbolismo. É a lição perene, silenciosa e rica, no dia-a-dia de sua missão de ligar e aproximar. De cortar distâncias. De separar abismos.
Diante de uma ponte nos ocorre reflexões que alguém escreveu:
"Em êxtase contemplativo olho a ponte, admiro a ponte, escuto a linguagem da ponte: Sou forte, terrivelmente forte. Resisto a todos e permaneço sempre estática, mas perseverante em meu posto de serviço. O segredo de minha força? De minha perseverança? De minha grandeza? Nasci para unir... Vivo para unir. Sirvo para unir!!!"
Como gostaria de ser ponte também! Para unir a terra aos céus!
Unir os desunidos. Unir os desencontrados. Unir os corações.
Seja como a ponte, ajude a unir! Seja a união em pessoa!
Unir os corações hoje em dia é fundamental para que reine o Amor!
Hugo di Baggio
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