terça-feira, 19 de julho de 2011

A poesia suave de Jesus

O Evangelho de Jesus é um poema à simplicidade. Não requer explicações metafísicas nem elasticidade filosófica para entendê-lo.

Olhai as aves do céu; não semeiam nem ceifam, mas nosso Pai celestial as alimenta. É a lição do desprendimento.

Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não está apto ao reino de Deus. É a lição da perseverança.

Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra.
É a lição da auto-análise.

Quando fordes convidados para um banquete senta no último lugar.
É a lição da humildade.

Aquele que quer ser o maior que seja o que mais serve.
É a lição da caridade.

Vinde a mim todos vós que estás aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei.
É a lição do acolhimento.

Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
É a lição da delicadeza.

Reconcilia-te com o teu inimigo enquanto estás a caminho com ele.
É a lição da paz.

Saiu o semador a semear sua semente.
É a lição do trabalho.

Para entrar no reino dos céus é necessário nascer de novo.
É a lição da volta.

O filho do Homem veio para servir e não para ser servido.
É a lição da nobreza.

Seja o vosso falar sim, sim e não, não.
É a lição da firmeza.

Tratai a todos como gostarias de ser tratado.
É a lição da justiça.

Vai e não peques mais!
É a lição da resistência.

Lázaro, levanta-te e anda!
É a lição da fé.

Procure Jesus nas coisas simples, na lágrima, no afago, na alegria pura, no trabalho honesto, no gesto fraterno, no poema à vida, enfim, em tudo que eleva e ilumina. Por isso é tão difícil para a ciência e para a filosofia encontrá-lo.

Luiz Gonzaga Pinheiro

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