Por vezes, na vida, ante alguns fracassos, nos entristecemos e desistimos de lutar. Tarefas iniciadas são abandonadas. Profissões dignas são deixadas à margem. Tudo em nome de um fracasso, um dia, uma vez.
Recordamos que, certa vez uma estudante de violino, durante um concerto, teve a infelicidade de ter o arco do instrumento esticado em demasia. Isso fez com que arrancasse do violino um lancinante gemido de gato. O lá desafinou, os seus dedos, umedecidos pela transpiração nervosa escorregaram no braço do violino. Seu desejo era cair morta. Mas corrigiu a tensão das cordas, enxugou as mãos no vestido e continuou. Ao finalizar correu para os bastidores e exclamou:
“- Nunca mais tocarei violino.”
Uma excelente artista que ouviu seu desabafo, lhe falou:
“- Você já observou como cantam os pássaros? Sabe por que Deus os criou? Para que alegrassem o homem e ele não sucumbisse à tristeza. Não vê? Deus deu a muitas pessoas aptidões para tornarem os homens felizes. Ele deu a você a possibilidade de tocar violino. Não deve lhe desobedecer e sim utilizar sua aptidão para lhe agradar. Tudo isso faz parte do seu grande plano.”
A menina pensou e pensou. No dia seguinte, levantou-se cedo e retomou as longas horas de estudo do seu violino. O esforço é lei da vida. Todos os seres, de uma forma ou de outra, não podem fugir a isso. Mecanismo de evolução, promove o progresso, estimula a experiência. Graças ao esforço os homens se enriquecem emocional, cultural, artística e economicamente.
Não houvesse esforço a vida permaneceria nas suas expressões primitivas, iniciais. Tudo trabalha e se esforça na natureza. Os ventos e as chuvas realizam o seu esforço na erosão dos montes e da crosta terrestre.A gota d’água, no seu cair sem parar, cria as belezas que nos deslumbram os olhos nas grutas, no silêncio das furnas, promovendo formas curiosas e especiais. Onde se apresenta o esforço, floresce a paz.
E onde há ação movimenta o progresso, vibra a alegria.
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